O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), prestigiou nesta terça-feira, 23 de agosto, a posse do colega e conterrâneo deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) como ministro da Agricultura.
Para Cherini, a ascensão de Mendes Ribeiro ao cargo demonstra a expressão política dos parlamentares gaúchos no contexto nacional, além de ser um reconhecimento da importância do Rio Grande do Sul como um dos principais celeiros do país. “Faço votos que o novo ministro mantenha a interlocução positiva com a Câmara”, assinalou Cherini.
Mendes Ribeiro deixou claro, logo no início de seu discurso, não possuir um plano de governo. “Não esperem de mim, pois, hoje, neste discurso de posse, um programa de governo com metas e planos detalhados, concebidos em três dias desde minha indicação. Não seria verdadeiro, nem consequente, embora os números nesta área sejam conhecidos pela sua relevância”, explicou.
O novo ministro ressalvou, porém, que existe “um programa de governo que conheço, que acompanhei e defendi desde a campanha eleitoral, como deputado do PMDB e como líder do governo no Congresso Nacional. Estarei agora, com a responsabilidade do cargo, voltado para atingir as metas estabelecidas em sintonia com a Presidenta. Vou buscar a melhor equipe disponível para esta tarefa, os mais qualificados, com a determinação de fazer o melhor para o Brasil e os brasileiros. Isto eu posso garantir”.
Sobre as metas de sua gestão, Mendes Ribeiro destacou algumas prioridades à frente do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA): “Precisamos buscar mais recursos para o preço mínimo (dos produtos agrícolas), para o seguro agrícola e para a defesa sanitária, que considero desafios permanentes a partir de agora”. No caso do seguro agrícola, o novo ministro disse acreditar que este tem de ser compatível com a renda do produtor, “de modo a agregar valor à cadeia produtiva”. Lembrou, ainda, o grande volume de recursos federais destinados ao Plano Safra, em torno de R$ 107 bilhões, que, segundo ele, demonstra a prioridade conferida ao governo ao setor agrícola.
Apesar do recurso recorde conferido pelo governo federal à área agrícola, o novo ministro adiantou que pretende “lutar, em parceria com a Frente Parlamentar da Agropecuária, por mais dinheiro ainda para a agricultura”.
Para Mendes Ribeiro ouvir e dialogar são ações permanentes que devem pautar sua atuação no MAPA, visando construir “decisões corretas”, uma tarefa ‘por excelência’ do político. Ao confessar sua profissão de fé na política, o novo ministro a definiu como a “transformadora da realidade e de novas relações humanas e sociais”.
Depois de agradecer as oportunidades dadas pelo vice-presidente da República, Michel Temer, ao longo de sua carreira e à sua indicação pelo presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), Mendes Ribeiro prestou homenagem ao presidente da Câmara, Marco Maia e aos deputados gaúchos. “Quem diria que há seis anos eu estaria no hospital operando um tumor na cabeça e hoje assumiria um ministério. Sabem por quê? Porque Deus existe”, finalizou.
Ao acentuar “ter plena confiança” na competência de Mendes Ribeiro Filho de conduzir o MAPA, a presidente Dilma Roussef chamou a atenção, em seu discurso, para a importância econômica da agricultura e a responsabilidade do Brasil no cenário mundial como produtor de alimentos (já é o segundo maior), acentuando que o Ministério da Agricultura está na vanguarda desse processo. “Queremos fazer com que a agricultura fique cada vez mais forte, tanto no agronegócio quanto para a agricultura familiar”, emendou a presidente.
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