Após assumir a presidência da sessão solene, nesta terça-feira, 30.08, dos 50 anos da Campanha da Legalidade, o deputado Giovani Cherini (PDT-RS) fez um aparte ao discurso da deputada Flávia Morais (PDT-GO) em que prestou homenagem especial ao ex-governador Leonel Brizola, fundador do seu partido, o PDT.

Sem esconder a emoção pelo momento histórico, o parlamentar gaúcho admitiu ter em Brizola a referência fundamental e o impulso definitivo para que trilhasse a carreira política, devido ao exemplo de honestidade, patriotismo, defesa da ética e pelo profundo amor ao País. “Para Brizola, o PDT e o trabalhismo sempre representaram a mudança, as reformas e o voto rebelde”, afirmou.

“Cresci ouvindo meu pai falar daquele líder amado por todos, que se tornou o ícone político de inúmeras gerações e a quem reverencio pela seriedade e compromisso com o povo brasileiro”, assinalou Cherini. “Hoje, posso dizer que tenho a pretensão de seguir os ensinamentos desse grande brasileiro”, acrescentou.

Ao lembrar sua afinidades com Brizola – entre elas, a origem humilde e o fato de terem iniciado a trajetória profissional na mesma instituição, a Escola de Técnica Agrícola (ETA) de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre – Cherini destacou a importância do exemplo da Campanha da Legalidade, marcada na história pela defesa intransigente de Brizola e do valente povo gaúcho em favor da democracia e do Estado de Direito, que assegurou a posse de João Goulart na Presidência da República, a 7 de setembro de 1961, Dia da Independência do Brasil.

O reconhecimento público do valor histórico do homem público Leonel Brizola foi enfatizado pelo deputado pedetista. “Nós, trabalhistas, ficamos orgulhosos desse momento, pois, naquela época, a escola transmitia uma visão distorcida de Brizola, argumentando que ele era comunista e um mal para o país, quando na verdade, era bem o contrário”.

Para Cherini, nada melhor do que o tempo para corrigir essa injustiça histórica. “Mesmo nos momentos mais difíceis, em que se sentia solitário, Brizola renascia e se comparava a uma gota de orvalho no deserto. É por esse e outros motivos que seguimos esse grande político e grande brasileiro”, concluiu Cherini.